top of page
faixa site5.png

O que a Lei permite para quem completa 18 anos de idade

Atualizado: 28 de set. de 2023

A maioridade, um marco emblemático no direito brasileiro, é alcançada aos 18 anos, simbolizando a transição da juventude para a maturidade. Contudo, como sabiamente assevera o dito popular, "grandes poderes trazem grandes responsabilidades". Esse marco assinala a concessão de direitos cruciais, como o direito de voto, a capacidade para celebrar contratos e a plena responsabilidade penal, reforçando a confiança legal na autonomia dos jovens e no seu papel como membros ativos da sociedade.


À medida que se desvelam as portas das concessões, emergem igualmente obrigações substanciais, incluindo a imperiosa necessidade de evitar a prática de atos criminosos e de tomar decisões informadas no tocante à saúde. A maioridade, nesse contexto, consubstancia um equilíbrio tênue entre a liberdade individual e a responsabilidade cívica, atuando como forjadora da participação e contribuição dos jovens na tessitura da sociedade.


A visão do direito brasileiro sobre a maioridade é intrinsecamente multifacetada, endossando tanto direitos quanto deveres aos que cruzam a fronteira etária. Esse marco regulatório reflete uma intrincada interação entre a salvaguarda da liberdade individual, a promoção da proteção e a edificação de uma sociedade justa e coesa. Neste artigo, sondarmos as complexidades e nuances dessa temática no âmbito do Direito brasileiro, oferecendo uma perspicaz análise para aqueles que buscam aprofundar sua compreensão sobre o assunto.


Leia atentamente até o final.


Vamos lá?


Para entender a maioridade


O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), promulgado em 1990, estabelece um marco normativo fundamental para a proteção, promoção e garantia dos direitos de crianças e adolescentes no Brasil. O ECA define critérios cruciais para determinar a fase da infância e adolescência, estabelecendo como criança a pessoa com até 12 anos incompletos e como adolescente aquele que possui entre 12 e 18 anos de idade.


No âmbito do ECA, o tratamento conferido a crianças e adolescentes é orientado por uma perspectiva de prioridade absoluta, assegurando-lhes o direito a um desenvolvimento saudável e integral, livre de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração ou violência. O Estatuto dispõe que crianças e adolescentes têm direito à vida, à saúde, à educação, à convivência familiar e comunitária, à cultura, ao esporte e ao lazer, bem como à dignidade e ao respeito. Para tal, é estabelecido o dever do Estado, da família, da sociedade e das instituições em proteger e viabilizar o pleno exercício desses direitos.


O ECA também estabelece medidas socioeducativas para os adolescentes em conflito com a lei, visando sua ressocialização e reintegração à sociedade. Busca-se, assim, evitar a criminalização precoce e proporcionar meios de correção e aprendizado, por meio de medidas que vão desde a advertência até a internação em casos excepcionais.


Importante destacar que o ECA preconiza a participação ativa de crianças e adolescentes nas decisões que os afetam, reconhecendo-os como sujeitos de direitos e incentivando sua contribuição na construção de políticas e ações que lhes dizem respeito.


Passada essa fase, chega a fase adulta e, com ela, as responsabilidades e deveres inerentes.


Fiz 18 anos, e agora?


Ao atingir a emblemática marca dos 18 anos, um indivíduo adentra um limiar de significativas transformações legais e responsabilidades. Sob o guarda-chuva do Direito, esse marco etário desencadeia um conjunto intrincado de concessões tanto positivas quanto negativas, delineando o cenário jurídico que o envolve.


Do lado positivo, a maioridade legal traz consigo uma série de prerrogativas que conferem uma gama expandida de autonomia e liberdade ao indivíduo. Um dos pilares centrais reside no reconhecimento pleno de capacidade civil, habilitando-o a celebrar contratos de maneira independente, tomar decisões sobre bens e propriedades, bem como exercer atividades econômicas sem a necessidade de representação legal. Além disso, o direito ao voto, um pilar fundamental da democracia, é então outorgado, permitindo ao indivíduo contribuir ativamente nas decisões políticas que moldam a sociedade.


Entretanto, essa ampliação de direitos também traz consigo responsabilidades e limitações. No âmbito criminal, por exemplo, a maioridade implica a plena responsabilização pelos atos cometidos, afastando a aplicação de medidas socioeducativas previstas para adolescentes. Da mesma forma, a aquisição do direito de dirigir veículos motorizados, uma concessão muitas vezes aguardada com expectativa, também vem acompanhada da obrigação de seguir rigorosas normas de trânsito, sob pena de sanções legais.


Outrossim, a capacidade de consentir para procedimentos médicos, incluindo intervenções cirúrgicas, é conferida com a maioridade. Isso, porém, vem acompanhado da responsabilidade de tomar decisões informadas sobre questões de saúde, o que ilustra como as concessões positivas do Direito frequentemente se entrelaçam com a imposição de ônus substanciais. Além disso, a emancipação legal abre as portas para a celebração de contratos financeiros e empréstimos, porém exige um discernimento apurado para evitar comprometimentos financeiros imprudentes.


Em suma, a conquista da maioridade legal é um marco que evoca uma sinfonia complexa de permissões e restrições. O Direito, em sua constante busca pelo equilíbrio entre autonomia e responsabilidade, delineia uma série de concessões que, embora potencializam a capacidade de decisão do indivíduo, também demandam discernimento, educação e consciência das implicações que tais prerrogativas trazem consigo.


Agora…


Quer entender melhor seus direitos e saber como garanti-los?


Fale agora mesmo com um dos nossos atendentes. Eles estão à sua espera para garantir o seu direito!

3 visualizações0 comentário
bottom of page